domingo, janeiro 20, 2008

recorrente



Eu canto a primavera, não sabes...

O que é? Se fitas os meus olhos

Cheios de perguntas recorrentes,

Decifras, talvez... Amiúde, não digo.

Quem sabe? O sopro perene dos ventos,

O luar, as estrelas, etc., desejos antigos...

.

E sabes? Se toda paixão aflora dos desesperos,

Seria loucura minha ou a fenda do tempo?

Sim, eu sei, o quanto das minhas noites frias.

Não, não me mal digas... Apenas, decifras!

Mas, não intercales o punhal da agonia...

.

O que se foi... O que e a quem lembrar?

E então? Se marcho para a noite sem ti

Levo comigo, a minha e a tua solidão,

É que o teu lado vive igual a mim...

E no compasso dos meus passos,

Divido o silêncio do teu quarto!

.

Minha gema rara, as tardes eu sei,

O sol, o mar... A mesma coisa. Puro tédio!

Se o teu céu é distante, o meu sol é presente,

Agora, deste teu olhar decorrente...

.

Não sabes... Também não digo dos labirintos.

Mas, se centelhas... Beijo-te o ventre

E, levo-te da fronteira do nada ao infinito...

.

7 comentários:

  1. Fresquinha,
    A iniciação tem sido lenta e a procura mais difícil do que poderia imaginar!
    Pego num livro, folheio, leio alguns poemas, uns gosto, outros não me dizem nada ou muito pouco, e não me decido!
    Não vais acreditar, imagina a minha prosápia ... até já tentei escrever!!!
    Nada saiu a não gastar papel!
    E, no entanto e entretanto, vou apreciando o que aqui vais publicando, como na 5ª feira Ferreira Gullar e hoje estes!
    Gosto!
    :)))

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  2. A melhor arte é aquela que nós entendemos e gostamos. Estás no bom caminho !

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  3. Oi dona moça Fresquinha! kkk

    Sua menina, o que escreveu no Sibarita estou de acordo sim e o que quiser lá fique à vontade. Leu tudo? Leu Alagados?

    Obrigado por ter ido nosso blog, continue indo, viu fia?

    Agora estou trabalhando depois venho com calma comentar seus outros posts.

    bjs
    O Sibarita

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  4. Seu Sibarita,

    Me chama de fia que eu gosto :-)))))

    Neste blog, cada um responde quando puder ... com muita calma.

    Agora, devo dizer que você é um poeta admirável. Vou roubar você, sempre que puder :-)))

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  5. Obrigado pelo admirável, bondade do seu coração e, acredite, nunca e nem me acho poeta, escrevo por gostar muito e tão somente isso, não tenho também essa fobia de lançar livros, embora, com convites, é isso, sou simples viu nona moça! kkk

    Ah que bom me roubar, ah é? kkk Roube que eu vou é gostar, viu fia?

    E é comigo? kkkkk Necomigo não! kkk

    bjs
    O Sibarita

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  6. Um poeta é sempre elito pelos seus leitores, Sibarita. Não é um estatuto. É um mérito, um título de reconhecimento do seu público.

    Se eu roubar você, estará sempre lá o nome do autor. Eu empresto, pronto ! A poesia é para toda a gente. Não podemos desperdiçar talento poético. Devia ser obrigatório publicar...

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