
Eu, sabendo que te amo,
E como as coisas de amor são difíceis,
Preparo em silêncio a mesa do jogo,
estendo as peças sobre o tabuleiro,
disponho os lugares
necessários para que tudo
comece: as cadeiras
uma em frente da outra, embora saiba
que as mãos não se podem tocar,
e que para além das dificuldades,
hesitações, recuos
ou avanços possíveis, só os olhos
transportam, talvez, uma hipótese
de entendimento. É então que chegas,
e como se um vento do norte
entrasse por uma janela aberta,
o jogo inteiro voa pelos ares,
o frio enche-te os olhos de lágrimas,
e empurras-me para dentro, onde
o fogo consome o que resta
do nosso quebra-cabeças.
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Nuno Júdice em «366 poemas que falam de amor»
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Fresquinha,
ResponderEliminarNuno Júdice já vou conhecendo!
Foi-me apresentado há uns tempos in illo tempore por Alguém.
:)))
Acende uma vela
ResponderEliminarMas não a deixes sozinha!
Tenho um bombeiro sempre de serviço ! :-)
ResponderEliminarAi o Nuno, o Nuno... é um meus poetas favoritos... tu sabes isso.;)
ResponderEliminarBeijoca e BFS*
Vou confessar-te, e ao mundo, que foi no teu blog que conheci Nuno Júdice. Para mim era advogado ...
ResponderEliminarO que eu aprendo contigo, melher. Olha vou para Cabo Verde amanhã. Queres que te traga alguma coisa encatchupada ????
Beijocas e Boas FDS !