domingo, abril 26, 2009

canonização do Santo Condestável



Hoje, 26 de Abril é canonizado em Roma aquele a quem os portugueses já chamavam Santo Condestável. O seu túmulo, no Convento do Carmo, rezava assim: "Aqui jaz o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."

Ontem, 25 de Abril, comemorou-se o dia da Liberdade. Há 35 anos, um homem comandou uma coluna de blindados vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios no Terreiro do Paço, e forçou a rendição do regime no Quartel do Carmo. Esse homem, Fernando Salgueiro Maia, cumprida a sua missão, recusou ao longo dos anos ser conselheiro, embaixador, governador civil e demais honras.

Nuno Álvares Pereira e Fernando Salgueiro Maia colocaram o serviço à Pátria à frente dos interesses de grupos e colocaram os grandes princípios da humanidade, religiosos e laicos, à frente do seu interesse pessoal.

É de gente assim que Portugal precisa na crise económica que todos os dias vemos crescer, e que ameaça transformar-se em crise social caso não forem tomadas as medidas correctas, e em crise política se o ciclo eleitoral para onde caminhamos for inconclusivo e pautado pelo abstencionismo.

A Direcção do Instituto da Democracia Portuguesa

3 comentários:

  1. Liberdade, Dignidade, Justiça!



    Nascer.
    Renascer.


    Numa florescência de luz
    suavemente nascer
    e criar raízes.


    Serenamente renascer
    por entre os lençóis de Abril
    sob a fragrância fresca
    e impoluta dos cravos vermelhos.


    Tranquilamente nascer
    - ou renascer -
    sob o azul ameno
    dos espelhos da esperança
    que respira
    e embala
    e encanta
    a primavera dos cravos
    e da liberdade.
    Onde param os espelhos da esperança?
    Quem neles se vê ou revê?
    Eu, não.

    Que algumas pretensas rosas jamais espinhem o amantíssimo cravo.

    http://www.youtube.com/v/53dqcGNltpA&hl=pt-br

    (Zeca Afonso, "Os Vampiros")

    Parabéns pelo blog.

    P.S.: disponível também. :)

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