quinta-feira, maio 14, 2009

1 comentário:

  1. Réstia de vontade

    Olho-me ao espelho e, sem jeito,
    ajeito a imagem,
    de outrora a miragem,
    que ele não me devolve.

    Agarro-me ao tempo que, em desalento,
    me foge e consome.
    Em vão me arrebata, numa réstia
    de esperança em moléstia,
    da vontade que se some,
    num alpendre de cogitações fúteis,
    de inúteis.

    Pela dor, não purgada,
    agarro-me à força roubada,
    a outras reminiscências,
    afasto mais uma espada,
    desorientada,
    que em ameaça,
    emerge de um todo que é nada.

    Ah!... Almejo o intangível e ainda assim tão real…
    Não há caminho para a minha cegueira,
    que sendo tal,
    mareja por anseios de perder-se em luz virtual.

    ResponderEliminar