quinta-feira, setembro 04, 2008

azedas e azias

As Azedas tratam da tua actividade do intestino grosso

As azedas pertencem à família das Poligonáceas (Rumex acetosa).

Só ultimamente as pessoas se têm interessado pelo valor das saladas de azedas. Colhem-se as folhas novas antes da floração, uma a uma. Quanto mais frequentemente se fizer esta apanha, tanto mais forte será a nova folhagem da planta. As folhas consomem-se frescas, fresquinhas, porque quando secam perdem quase por completo as suas virtudes como condimento. As azedas crescem em qualquer terra de horta e nas paredes dos muros.
As azedas cultivadas reproduzem-se por semente. Consegue-se uma colheita mais rápida, mediante a divisão de rizomas velhos no outono e na primavera. Na primavera deve cavar-se o solo entre as fileiras, e deve mudar-se de terreno, de três em três anos.


Composição : As azedas contém aproximadamente 1 % de ácido oxálico, assim como oxalato de potássio, gordura, muita vitamina C, ácido salícico, cálcio, ferro, manganês, ácido crisofânico, fitosterol e óleo essencial.

Emprego como planta medicinal : O elevado teor de vitamina C faz desta planta, sobretudo fresca, fresquinha, um remédio contra o escorbuto e demais manifestações de insuficiência de vitamina C, como as hemorragias e a tendência para as ter. Devido ao seu teor em emodina e ácido crisofânico, esta planta é também um excitante para a actividade do intestino grosso e, por conseguinte, para o tratamento da atoma intestinal com prisão de ventre. Como a planta forma combinações orgânicas de ferro, fomenta a formação do sangue, sobretudo na medula vermelha. É promissor o seu emprego nos casos de anemia.O consumo prolongado e frequente de azedas pode tornar-se prejudicial, sobretudo para os rins e para o coração.

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Sugestões
Emprego como condimento -- As azedas empregam-se como salada e na confecção de sopas.

Azedas cruas
Ingredientes: Azedas, água, sal e azeite.
Confecção: Numa malga prepara-se a água com o sal e o azeite. Lavam-se bem as azedas e depois vão-se mergulhando neste molho e comem-se assim cruas.
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Ovos e Azedas
Ingredientes
Ovo: 4
Azeda: 1 punhado
Manteiga: 40 gr
Farinha: 1 colher de sopa
Leite: 4 dl
Nata: 2 colheres de sopa
Sal e pimenta: q.b.
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Preparação
Tirar os caules às azedas novas, lavar as folhas, secá-las e cortá-las finamente. Cozinhá-las lentamente numa caçarola com a manteiga até absorver por completo a humidade. Misturar a farinha e levar a lume fraco durante 5 minutos. Deixar arrefecer. Juntar, pouco a pouco, mexendo sempre, o leite a ferver. Temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar lentamente durante 15 minutos. Passar pelo passador fino, levar novamente ao lume e deixar levantar fervura. Logo que comece a ferver, levantar do lume e juntar as natas. Rectificar o tempero. Cozer os ovos, descascá-los e colocá-los num prato fundo, quente. Deitar-lhes o molho por cima.
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A AZIA, um problema de esfincter
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A azia, também conhecida como pirose (palavra derivada do grego pyrosis que significa acção de queimar), é a sensação de queimadura que sobe do epigastro (onde se localiza o estômago) pela região retroesternal (atrás do osso central do tórax) e que pode chegar ate ao pescoço; sendo causada pelo retorno do conteúdo gástrico para o esófago.
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Calcula-se que 7 % da população mundial tem azia diariamente, 15% semanalmente e, em alguns estudos, 50% da população revela ter azia mensalmente. Só uma minoria das pessoas que sofre de azia procura ajuda médica.
A maior parte das pessoas nunca procura o médico ou porque os sintomas são muito ligeiros ou porque desconhecem que o tratamento é possível. Quando comemos, os alimentos percorrem o esófago e, antes de chegarem ao estômago, atravessam o esfíncter esofágico inferior, que deve manter-se fechado após a passagem dos alimentos para impedir que os ácidos digestivos refluam pelo esófago acima. Às vezes, porém, os músculos desse esfíncter perdem a elasticidade e permanecem abertos, permitindo o refluxo que causa azia.
Geralmente, a azia ocorre após as refeições; o estômago cheio pressiona o conteúdo gástrico que reflui para o esófago, porque o funcionamento do esfíncter está alterado.
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Na hora em que a azia ataca, o que pode ser feito?
Quando a sua avó dizia que tomar leite ou água com bicarbonato de sódio traria um pouco de alívio, ela não estava totalmente errada. "Por serem substâncias alcalinas, elas neutralizam o suco gástrico liberado.", afirma um médico. Porém, não se iluda, o efeito é apenas passageiro. Ao coíbir a acidez do estômago, esses produtos acabam por induzi-lo a gerar ainda mais ácido.
Dentro de algumas horas, a agonia recomeçará de maneira mais forte.
Nas farmácias são vendidos diversos antiácidos que podem funcionar como medida inicial, mas é importante lembrar que esses remédios resolvem só os sintomas, sem tratar a doença.
A automedicação é perigosa e o acompanhamento de um médico é imprescindível. Só um especialista poderá dizer se o que o paciente sente é realmente azia ou se representa um problema mais sério, como o começo de um ataque cardíaco, por exemplo.
Se o problema atrapalha a realização das actividades quotidianas e acarreta outras complicações, como tosses e asma, e o uso de remédios não surtiu efeito, é hora de recorrer a uma cirurgia, para refazer a musculatura do esfíncter. Mas a necessidade de passar por uma operação não é muito comum, atingindo uma minoria de casos. O diagnóstico preciso será feito com uma endoscopia digestiva alta, que é simples, rápida e não necessita de anestesia geral.

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