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A moral pessoal - a mais pura destilação da moral social - é uma característica da consciência pura. É desenvolvida dentro e testada fora. A moral pessoal é baseada na Lei Maior, e não na opinião certa ou boa dos homens. A victória moral é aquela que guia e promove virtudes, santidade e honra. É irrelevante o consentimento ou a condenação, pois ela existe, independentemente da opinião alheia.
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Estamos a desenvolver a responsabilidade moral, e ainda que não esteja pronta, ela vem amadurecendo rapidamente.
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Ao começarmos a desenvolver a própria moral iremos depararmo-nos com diversas filosofias morais diferentes. Com o tempo cada um encontrará uma filosofia que melhor se encaixa consigo próprio, e as experiências escolhidas na vida farão com que ela seja aprimorada.
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Afinal, a vida é uma extensão da filosofia da alma, e a jornada (também conhecida como "O Caminho Heróico") é uma expressão dela.
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Uma filosofia de vida pessoal é uma chave importante, e sabe-se desde a antiguidade, que não se pode graduar numa universidade ou faculdade, sem primeiro demonstrar a destreza do conhecimento interno.
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Em tempos passados, Ética e Moral eram os braços da filosofia, uma ciência da mesma tradição que a Matemática e a Lógica. As primeiras eram consideradas ciências normativas e as outras ciências formais. Química e Matemática eram associadas às ciências empíricas e a Psicologia (a razão e o desígnio da alma), uma ciência empírica social. Muito tempo depois surgiu a também denominada Psicologia, abordando um nível analítico da mente humana em relação ao um contexto social e cultural.
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Nas escolas de filosofia da antiguidade, cujos mestres são relevantes até os dias de hoje, Filósofos (cientistas) aprenderam como determinar e expressar a santidade através da conduta, como se ambas, santidade e conduta, fossem companhias indispensáveis. A lição envolvia sempre a habilidade de discernir entre o que era bom ou desejável em si mesmo, em oposição ao que era desejável como meio para atingir um fim. A primeira alternativa era considerada de grande valor, um exemplo vivo do bem maior.
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A maioria da doutrinas éticas era dividida entre virtudes como a prudência, a alegria ou o poder. Testes de discernimento englobando todas as virtudes eram aplicados aos candidatos de vez em quando. Provas imperceptíveis eram aplicadas pelos graduados, pensadores que naquela época usavam mantos azuis ou anéis de pedra azul-índigo. Os testes eram subtis por natureza, e os graduandos raramente percebiam a armadilha em que estavam prestes a cair. São os chamados teste surpresa, como dizem hoje em dia.
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O valor máximo da doutrina ou do princípio não era facilmente revelado. Você é também um candidato que está sendo apresentado a muitos desafios diferentes. Há lições, menos formais que as descritas acima, mas de importância igual na sua medida.
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Você saberia avaliar-se hoje face a esses valores? Poderia tomar uma decisão que afectasse a vida de muitas pessoas, para melhor ou para pior, e ficar em paz com a sua decisão? O valor máximo de um momento, um acontecimento e mesmo um relacionamento é, às vezes, impossível de ser definido a não ser à luz da sabedoria, e é por isso que o desenvolvimento de uma filosofia pessoal pode ser tanto útil como prática. Presença, coragem e satisfação são alguns dos benefícios associados á filosofia pessoal.
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As virtudes em conjunto com a doutrina natural da realização humana levam à expansão do bem maior.
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Aqueles que não têm motivação para exercer as escolhas, resignam-se a aceitar as decisões alheias, sejam elas boas ou más. A vida desses indivíduos pauta-se pela filosofia da prudência e vivem de acordo com a conduta moral da cultura e da sociedade a que pertencem. Os que seguem a filosofia da prudência, por ignorância, em lugar de escolha, mais tarde poderão analisar as suas vidas com amargura e inquietude.
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O Hedonísmo, a filosofia que promove o prazer como valor supremo, está em voga nos dias actuais, principalmente quando mudanças dimensionais são possíveis e prováveis. Mesmo numa filosofia de prazer, os desafios surgem ao longo do caminho de qualquer candidato. Um hedonista terá que escolher entre o prazer intenso e o duradouro, bem como quando negá-lo em favor do conforto. O conflito do hedonista está na preferência entre o prazer mental e o físico. Essa jornada pode levá-lo a caminhos de dependência onde as pequenas distorções oferecerão fuga para essa prisão auto-imposta.
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Pessoas que adoram competir tendem a desenvolver uma filosofia onde a maior realização é o poder, uma forma de controle. Cada victória, embora satisfatória, aumenta o grau de competição para o próximo nível. Às vezes, o poder absoluto pode tornar-se um desejo subjectivo em vez de objectivo.
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Neste tipo de filosofia onde a pessoa se frustra, impinge aos outros a mesma situação. Pessoas que buscam poder e controle coadunam com a ética alheia enquanto lhes servir de apoio para a obtenção de poder, mas frequentemente mudam de preferência após conseguiram o que querem. A busca por recompensas comuns de uma vida ética pode, por um tempo, mascarar o desejo interior de poder, porém ele é logo revelado quando o poder começa a corroer e corromper o indivíduo internamente.
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O desenvolvimento de uma filosofia de vida fortalece e aprofunda os objectivos. O seu propósito não é o que você faz ou o porque nasceu, mas o que fomenta e expande a sua consciência e desejo de crescer. A finalidade é parecida com as raízes de uma árvore. Alongam-se profundamente dentro da terra para que a copa possa atingir o céu. Raramente é necessário verificar as condições das raízes, pois são nutridas do interior e de dentro. Elas mantêm a árvore em qualquer situação, seja nas tempestades ou nas secas. As folhas e os galhos crescem para bem longe das raízes e em diversas direcções diferentes. Mesmo assim, as raízes continuam provendo tudo o que é necessário para que essa árvore se desenvolva. Até uma árvore podada é útil. Ao olhar além das falhas humanas, o desenvolvimento é muito mais rápido.
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Comece de novo, para além de onde você pensava estar. Perceberá que na verdade se encontra um pouco mais adiante do que imaginava, muito provavelmente porque ainda insiste em gastar o seu tempo olhando para tràs. Lembre-se de que no começo tudo parecia um caos, mas não há caos nenhum. Parecia um tumulto, mas na realidade é a forma natural de ser.
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Sabe agora que tudo está dentro do TODO o processo. Não há dúvidas disso. É a mesma verdade de sempre. Agora é o próximo recomeço. Existem alguns fins também, mas a Lei da Continuidade favorece a pausa, em vez da paragem completa.
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Notem que algumas pessoas irão parar onde estão e escolherão não prosseguir ou ir adiante. Respeitem essas escolhas e agradeçam a contribuição dada por elas até ao momento.
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A Lei da Continuidade respeita que algo (ou alguém) deva passar por vários estágios ou condições intermediárias a caminho de se tornarem algo (ou alguém) melhor. Os que preferirem dar uma pausa ou parar poderão descansar ou ficar num desses estágios intermediários. Nesse último caso, elas servirão de viga e suporte para uma ponte que em breve será cruzada. Quanto maior for a gratidão pela contribuição feita, mais forte essa ponte será.
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Olhe para além das aparências e abaixo da superfície, literalmente falando. Algum tempo atràs a Humanidade em evolução decidiu que as coisas não poderiam continuar como estavam. Uma percentagem da população concordou e começou a imaginar um futuro diferente para a terra. Uma vez que os pensamentos se transformam em realidade, um leque de possibilidades ou potenciais nasceram e algumas dessas possibilidades estão agora a ser exploradas.
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As filosofias que abordamos também se aplicam à Terra. A Terra serve a Humanidade, significando que ela se recria, de acordo com a filosofia colectiva.
Fonte