Pedro Ferreira dedica uma tarde da sua semana a quem já viveu uma vida
Jovem de 17 anos é voluntário num lar de idosos em Alverca
Jovem de 17 anos é voluntário num lar de idosos em Alverca
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Um jovem de 17 anos é voluntário num lar de idosos de Alverca. Dois seniores invisuais são dois grandes amigos do rapaz que dedica uma tarde por semana a ouvir as histórias de quem já tem uma vida para contar.
Tem 17 anos, uma namorada e os mesmos interesses de todos os jovens da sua idade. Mas uma vez por semana não abdica de fazer companhia aos idosos da Misericórdia de Alverca e de ouvir as histórias de vida que os seniores têm para contar.
Pedro Ferreira é o único jovem voluntário da Associação de Assistência e Beneficência Misericórdia de Alverca. O que numa fase inicial levou os responsáveis da instituição a ficar de pé atrás. “Depressa percebemos que o Pedro é uma óptima pessoa e muito genuíno”, confessa Carla Robalo, técnica animadora sócio-cultural da instituição.
Os dois melhores amigos de Pedro Ferreira são dois invisuais que passam os dias na sala de estar da instituição, um edifício imponente que fica para lá da impessoal auto-estrada do Norte. “Aproximei-me mais deles porque ao contrário de outros utentes estão mais limitados na mobilidade”, explica o jovem, de ar tímido.
Barbara Quirino, 73 anos, recebe com frequência a visita do menino Pedro que já conhece ao toque. José Teixeira, 93 anos, esboça um sorriso quando ouve a voz do neto que já adoptou.
Pedro Ferreira é voluntário na instituição desde Setembro. A má imagem que passa sobre o trabalho de algumas instituições levou o jovem a querer saber mais sobre o tipo de trabalho ali desenvolvido. “A minha avó esteve num lar e sempre tive curiosidade para saber como funcionavam estas instituições”, confessa o jovem, aluno do 11 ano em Arruda dos Vinhos.
As dúvidas que tinha dissiparam-se poucos dias depois de começar, mas Pedro Ferreira quis corresponder às expectativas que a instituição depositou no seu trabalho e pretende continuar as visitas.
Dá todas as semanas cinco horas do seu tempo. Tornou-se num momento de prazer, mais do que numa obrigação. Faz companhia, passeia e sobretudo conversa. Já sabe muito sobre como era a vida na cidade de outros tempos. Mesmo sem consultar livros de História. No dia combinado chega de autocarro a Alverca e segue a pé por uma estrada íngreme até à instituição de mochila às costas.
O irmão de 15 anos nunca o acompanhou numa das tardes de voluntariado. Os amigos, tal como os pais, incentivam-no. É filho de uma técnica comercial e de um chefe de recepção de um grande hotel da capital.
O voluntariado não interfere com os estudos. Pedro Ferreira concentra-se no estudo em época de exames e o trabalho de voluntário deixa-lhe também tempo para a namorada e para os amigos. Que ocupam o tempo entre os centros comerciais, os jogos de playstation o espaço virtual da Internet.
Aos 17 anos ainda tem algumas dúvidas sobre a área a seguir. Mas tem a certeza que o tempo de entrega na instituição a ouvir os outros é uma mais valia. “Acho que recebo mais do que dou”, garante.
Um jovem de 17 anos é voluntário num lar de idosos de Alverca. Dois seniores invisuais são dois grandes amigos do rapaz que dedica uma tarde por semana a ouvir as histórias de quem já tem uma vida para contar.
Tem 17 anos, uma namorada e os mesmos interesses de todos os jovens da sua idade. Mas uma vez por semana não abdica de fazer companhia aos idosos da Misericórdia de Alverca e de ouvir as histórias de vida que os seniores têm para contar.
Pedro Ferreira é o único jovem voluntário da Associação de Assistência e Beneficência Misericórdia de Alverca. O que numa fase inicial levou os responsáveis da instituição a ficar de pé atrás. “Depressa percebemos que o Pedro é uma óptima pessoa e muito genuíno”, confessa Carla Robalo, técnica animadora sócio-cultural da instituição.
Os dois melhores amigos de Pedro Ferreira são dois invisuais que passam os dias na sala de estar da instituição, um edifício imponente que fica para lá da impessoal auto-estrada do Norte. “Aproximei-me mais deles porque ao contrário de outros utentes estão mais limitados na mobilidade”, explica o jovem, de ar tímido.
Barbara Quirino, 73 anos, recebe com frequência a visita do menino Pedro que já conhece ao toque. José Teixeira, 93 anos, esboça um sorriso quando ouve a voz do neto que já adoptou.
Pedro Ferreira é voluntário na instituição desde Setembro. A má imagem que passa sobre o trabalho de algumas instituições levou o jovem a querer saber mais sobre o tipo de trabalho ali desenvolvido. “A minha avó esteve num lar e sempre tive curiosidade para saber como funcionavam estas instituições”, confessa o jovem, aluno do 11 ano em Arruda dos Vinhos.
As dúvidas que tinha dissiparam-se poucos dias depois de começar, mas Pedro Ferreira quis corresponder às expectativas que a instituição depositou no seu trabalho e pretende continuar as visitas.
Dá todas as semanas cinco horas do seu tempo. Tornou-se num momento de prazer, mais do que numa obrigação. Faz companhia, passeia e sobretudo conversa. Já sabe muito sobre como era a vida na cidade de outros tempos. Mesmo sem consultar livros de História. No dia combinado chega de autocarro a Alverca e segue a pé por uma estrada íngreme até à instituição de mochila às costas.
O irmão de 15 anos nunca o acompanhou numa das tardes de voluntariado. Os amigos, tal como os pais, incentivam-no. É filho de uma técnica comercial e de um chefe de recepção de um grande hotel da capital.
O voluntariado não interfere com os estudos. Pedro Ferreira concentra-se no estudo em época de exames e o trabalho de voluntário deixa-lhe também tempo para a namorada e para os amigos. Que ocupam o tempo entre os centros comerciais, os jogos de playstation o espaço virtual da Internet.
Aos 17 anos ainda tem algumas dúvidas sobre a área a seguir. Mas tem a certeza que o tempo de entrega na instituição a ouvir os outros é uma mais valia. “Acho que recebo mais do que dou”, garante.
Por: Ana Santiago
2 comentários:
Olá Fresquinha
Que conforto para a alma e que exemplar maneira de DAR!
Beijinho
Obrigada, Xara. O Kandanda também me fez um comentário no e-mail nesse sentido. E, como sempre, o meu "cerne" mantem-se sensível a questões vitais.
Obrigada, mais uma vez.
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