Ele gostou, amou-a como soube, e beijou-lhe o hálito que lhe respirava a vida, ao ponto de o tornar pequeno. Pequeno demais para ficar. Saiu, sapateando o corpo pelo mamilo ardente até às solas dos sapatos. Escondeu-se na axila que lhe amparava o braço, o mesmo que lhe dava as coisas que nunca tivera. E não queria deixá-la. Desceu-lhe então pela mão que generosamente lhe guiara a esperança de ficar. Ela deixou-o, atirado às mulheres fáceis de quereres maiores. As que comiam a raiva de não serem queridas por um homem que sapateava um seio, uma boca ardente, uma axila maior que a sua própria vida. Tinha tido sorte.
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Autor desconhecido
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(via Sebhaster.Obrigada)
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