Eu, sabendo que te amo,
E como as coisas de amor são difíceis,
Preparo em silêncio a mesa do jogo,
estendo as peças sobre o tabuleiro,
disponho os lugares
necessários para que tudo
comece: as cadeiras
uma em frente da outra, embora saiba
que as mãos não se podem tocar,
e que para além das dificuldades,
hesitações, recuos
ou avanços possíveis, só os olhos
transportam, talvez, uma hipótese
de entendimento. É então que chegas,
e como se um vento do norte
entrasse por uma janela aberta,
o jogo inteiro voa pelos ares,
o frio enche-te os olhos de lágrimas,
e empurras-me para dentro, onde
o fogo consome o que resta
do nosso quebra-cabeças.
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Nuno Júdice em «366 poemas que falam de amor»
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quinta-feira, fevereiro 14, 2008
às pessoas sós e aos que não amam
Publicada por Fresquinha à(s) 14.2.08
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5 comentários:
Fresquinha,
Nuno Júdice já vou conhecendo!
Foi-me apresentado há uns tempos in illo tempore por Alguém.
:)))
Acende uma vela
Mas não a deixes sozinha!
Tenho um bombeiro sempre de serviço ! :-)
Ai o Nuno, o Nuno... é um meus poetas favoritos... tu sabes isso.;)
Beijoca e BFS*
Vou confessar-te, e ao mundo, que foi no teu blog que conheci Nuno Júdice. Para mim era advogado ...
O que eu aprendo contigo, melher. Olha vou para Cabo Verde amanhã. Queres que te traga alguma coisa encatchupada ????
Beijocas e Boas FDS !
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