quarta-feira, março 18, 2009

morrer a rir


A 30 de Janeiro de 1962, os alunos da pequena escola de Kashasha, na Tanzânia, contaram uma piada tão divertida que provocou um ataque de riso colectivo. Depois de alguns minutos, o riso passou dos miúdos aos companheiros de outras aulas e contagiou-se entre os professores, ao ponto de que, quando terminou o dia, toda a escola estava a rir. As pessoas regressaram às suas casas e contagiaram o riso aos seus amigos e familiares, que por sua vez continuaram a rir sem controlo por todo o lado. Em apenas umas horas, o ataque de riso já se tinha espalhado por dezenas de aldeias e afectava umas centenas de pessoas.

O que parecia ser uma piada inocente converteu-se num dos casos de histeria colectiva mais estudado pelos psicólogos. A “epidemia de riso de Tanganica”, como se denominou o fenómeno, durou entre 6 e 18 meses e agravou-se até causar verdadeiras complicações. O riso incontrolado provocava problemas respiratórios, dôr e até perdas de conhecimento entre muitos dos afectados.

Antes de desaparecer por completo, em Junho de 1964, a epidemia estendeu-se por 14 escolas e afectou um milhar de pessoas das aldeias ao redor do lago Victoria na Tanzânia e no Uganda. Como medida preventiva, as autoridades (a rir, presumo) fecharam as escolas e puseram as aldeias de quarentena.

Durante meses, os investigadores procuraram algum tipo de gás tóxico ou virus que pudesse ter gerado aquele comportamento, mas nada encontraram. A conclusão a que chegaram é que não tinha sido causado pelo tema da piada mas tratava-se apenas de histeria colectiva.

Vía: Agente Smith,

Sem comentários: