sexta-feira, novembro 14, 2008

virar diamante


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Agora a moda é, em vez de ser enterrado em um caixão, ou ser cremado, virar diamante após a morte.
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Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar o seu lugar na eternidade, sob a forma de um diamante humano.
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Na Suíça, a empresa Algordanza recebe a cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de todo o mundo. O seu conteúdo será pacientemente transformado em pedra preciosa. 'Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação', explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Ou seja, cada defunto pode gerar uns 5 diamantes, ou mais, dá para distribuir para toda a família.
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Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois grafite. Em seguida são expostos a temperaturas de 1.700 graus, e finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milénios. 'Cada diamante é único.
A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade', comenta Willy. A personalidade pela cor? Que coisa doida!
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Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num colar.
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Já pensou poder levar o seu ente querido, depois da morte, num colar ou anel? Se perguntarem sobre o falecido você vai poder dizer: 'Ele é uma jóia'.
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Se roubarem o diamante é que é o problema, você vai ter que gritar: 'Roubaram o defunto, pega ladrão'!
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O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.
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Está vendo, a moda tem tudo para pegar, é até mais barato transformar o defunto em jóia! A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.
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A mobilidade da vida moderna é propícia para o sector, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.
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(Obrigada, Alberto)

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