Se quiseres partir amanhã
eu páro o mundo
com facilidade assimcom esta mão
e então descobriremoso mais profundo fundo que há no mundo
que é no irmos fundo às coisasque há razão
de verdades consumadas me consomemde falácias bem montadas me alimentam
mas meu filho mora o reino do futuroque é mais duro
e não vai ser com palavrasque o contentam
Se a morte lenta te rebenta sob a pele
a cada diae se no teu braço apenas sentes a força
de um cansaço organizadomas manténs na tua fronte a dúvida
e o gosto pelo longe e a maresiae se sentes no teu peito de criança
a alma de um sonho amordaçadose quiseres partir amanhã
eu paro o mundocom facilidade assim
com esta mãoe então descobriremos o mais profundo
fundo que há no mundoque é no irmos fundo às coisas que há razão
(iste mundus furibundus falsa prestat gaudia
quia fluunt et decurrunt ceu campi liliaLaus mundana vita vana vera tillit premia
nam impellit et submergit animas in tartara)*Autor: Pedro Barroso
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