Olho-me ao espelho e, sem jeito, ajeito a imagem, de outrora a miragem, que ele não me devolve.
Agarro-me ao tempo que, em desalento, me foge e consome. Em vão me arrebata, numa réstia de esperança em moléstia, da vontade que se some, num alpendre de cogitações fúteis, de inúteis.
Pela dor, não purgada, agarro-me à força roubada, a outras reminiscências, afasto mais uma espada, desorientada, que em ameaça, emerge de um todo que é nada.
Ah!... Almejo o intangível e ainda assim tão real… Não há caminho para a minha cegueira, que sendo tal, mareja por anseios de perder-se em luz virtual.
1 comentário:
Réstia de vontade
Olho-me ao espelho e, sem jeito,
ajeito a imagem,
de outrora a miragem,
que ele não me devolve.
Agarro-me ao tempo que, em desalento,
me foge e consome.
Em vão me arrebata, numa réstia
de esperança em moléstia,
da vontade que se some,
num alpendre de cogitações fúteis,
de inúteis.
Pela dor, não purgada,
agarro-me à força roubada,
a outras reminiscências,
afasto mais uma espada,
desorientada,
que em ameaça,
emerge de um todo que é nada.
Ah!... Almejo o intangível e ainda assim tão real…
Não há caminho para a minha cegueira,
que sendo tal,
mareja por anseios de perder-se em luz virtual.
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