O homem é um idiota. A mulher, também. Não se trata de uma acusação leviana. Tenho provas. O homem joga. Jogo do osso, do trouxa, loteria estatal, loteria não tão estatal, bingo tolerado pelo estado-homem, roleta russa ou brasileira. Perde seu dinheiro para alguém, homem estatal ou não. Antes de proibir o jogo, o estado-homem o permite. Depois desemprega o homem que empregara.
O homem fuma, apesar de todas as evidências, senão provas, de que o fumo causa moléstias como o câncer, enfisema, hipertensão, impotência, infarto e, ainda o provarão, unha encravada. O estado-homem é duplamente idiota – fuma e permite que fabriquem e vendam cigarros. Cigarros e charutos, verdadeiros ou falsos, ameaças à saúde pública. O homem também fuma outros fumos, que não o Virgínia, próprio para os cigarros vendidos enrolados. O homem joga na rua os tocos de cigarros que entopem os esgotos, contribuindo para as inundações que afogam os homens. Homens de terno e gravata que soltam fumaça e enchem as ruas de lixo, menos papéis. Papel não, é lixo. Bagana pode, é cigarro.
O homem bebe, ficando tonto e fazendo besteira, porcaria também. Também fere, mata e fica de ressaca. Bate o carro e na família. E o estado-cúmplice é sócio. Sócio que ganha pelo imposto que recolhe e pela saúde que só encolhe. Percebe e não gasta.
O homem se droga, com crack, cheira a coca e bebe a cola. Gosta da heroína. Se droga com a tv, com o Orkut e aspirina. O projeto de homem, que nunca será, cheira loló, que o homem que já é fabrica e vende. Os outros homens passam e olham. Olham, enquanto o homem fuma baseado no parque e na rua, onde todos homens sabem. Sabem do êxtase que o ecstasy dá, na rave dos homens que bebem água, só água. Senão dá bode no homem, e prejudica o negócio do homem que vende o ecstasy.
O homem come pimenta, quanto mais ardida, melhor. Ardida na entrada, por vezes na saída. O homem sofre, e gosta. Mostarda vulcânica arde o nariz. Montanha russa dá enjôo. E o homem gosta. Gosta da sensação de correr com o carro, até morrer. Gosta de assistir às corridas de caminhão porque os homens se arrebentam nos acidentes. Acidentes são os gols das corridas. Quanto mais, mais o homem gosta. Gosta dos buracos e acidentes que atraem multidões de homens que gostam de ver o líquido vermelho escorrer. Escorrer nas touradas, do touro ou do homem, melhor deste. Faz a farra do boi. Boi que não entende a bestialidade do homem-besta. Maldade não pode, pode a tradição, da besta. Besta que torce pelo time que vai perder. Aí o homem quebra tudo, porque homem que é homem, é besta coletiva, a mais besta.
O homem comemora dando tiros para cima, sabendo que a bala vai cair no homem. Em outro homem, que mal faz? São tantos os homens que atiram, que nunca saberão qual homem atirou. Saberão qual homem cai. Cai morto.
O homem é motoboy, que ultrapassa os homens de carro, pela direita. Debaixo do capacete não há homem. Homem não cai como boneco de pano que rola pela rua. Só vira homem, morto, quando lhe tiram o capacete. Capacete que esconde a imprudência do homem.
O homem joga caca no rio e come o peixe. Peixe que morre cheio da caca que o homem joga. Joga fora o resto do habitat do homem. Homem que vai ter de achar outro planeta para viver. Viver longe dos homens que vão jogar caca nos rios do novo planeta.
O homem que fica na fila vota. Vota no homem que o pôs naquela e em todas as outras filas. Só não fica na fila para sofrer e morrer. Para isto, o homem é livre. Liberdade que exerce, plenamente.
O homem é um idiota.
O homem fuma, apesar de todas as evidências, senão provas, de que o fumo causa moléstias como o câncer, enfisema, hipertensão, impotência, infarto e, ainda o provarão, unha encravada. O estado-homem é duplamente idiota – fuma e permite que fabriquem e vendam cigarros. Cigarros e charutos, verdadeiros ou falsos, ameaças à saúde pública. O homem também fuma outros fumos, que não o Virgínia, próprio para os cigarros vendidos enrolados. O homem joga na rua os tocos de cigarros que entopem os esgotos, contribuindo para as inundações que afogam os homens. Homens de terno e gravata que soltam fumaça e enchem as ruas de lixo, menos papéis. Papel não, é lixo. Bagana pode, é cigarro.
O homem bebe, ficando tonto e fazendo besteira, porcaria também. Também fere, mata e fica de ressaca. Bate o carro e na família. E o estado-cúmplice é sócio. Sócio que ganha pelo imposto que recolhe e pela saúde que só encolhe. Percebe e não gasta.
O homem se droga, com crack, cheira a coca e bebe a cola. Gosta da heroína. Se droga com a tv, com o Orkut e aspirina. O projeto de homem, que nunca será, cheira loló, que o homem que já é fabrica e vende. Os outros homens passam e olham. Olham, enquanto o homem fuma baseado no parque e na rua, onde todos homens sabem. Sabem do êxtase que o ecstasy dá, na rave dos homens que bebem água, só água. Senão dá bode no homem, e prejudica o negócio do homem que vende o ecstasy.
O homem come pimenta, quanto mais ardida, melhor. Ardida na entrada, por vezes na saída. O homem sofre, e gosta. Mostarda vulcânica arde o nariz. Montanha russa dá enjôo. E o homem gosta. Gosta da sensação de correr com o carro, até morrer. Gosta de assistir às corridas de caminhão porque os homens se arrebentam nos acidentes. Acidentes são os gols das corridas. Quanto mais, mais o homem gosta. Gosta dos buracos e acidentes que atraem multidões de homens que gostam de ver o líquido vermelho escorrer. Escorrer nas touradas, do touro ou do homem, melhor deste. Faz a farra do boi. Boi que não entende a bestialidade do homem-besta. Maldade não pode, pode a tradição, da besta. Besta que torce pelo time que vai perder. Aí o homem quebra tudo, porque homem que é homem, é besta coletiva, a mais besta.
O homem comemora dando tiros para cima, sabendo que a bala vai cair no homem. Em outro homem, que mal faz? São tantos os homens que atiram, que nunca saberão qual homem atirou. Saberão qual homem cai. Cai morto.
O homem é motoboy, que ultrapassa os homens de carro, pela direita. Debaixo do capacete não há homem. Homem não cai como boneco de pano que rola pela rua. Só vira homem, morto, quando lhe tiram o capacete. Capacete que esconde a imprudência do homem.
O homem joga caca no rio e come o peixe. Peixe que morre cheio da caca que o homem joga. Joga fora o resto do habitat do homem. Homem que vai ter de achar outro planeta para viver. Viver longe dos homens que vão jogar caca nos rios do novo planeta.
O homem que fica na fila vota. Vota no homem que o pôs naquela e em todas as outras filas. Só não fica na fila para sofrer e morrer. Para isto, o homem é livre. Liberdade que exerce, plenamente.
O homem é um idiota.
Tirado daqui
3 comentários:
Verdades do tamanho de um camião TIR... tristeza :(
Homem com h grande ou pequenino?
Ti, alta estação, em hotel de luxo ***** , vista para a Terra :-))))
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