quarta-feira, agosto 15, 2007

eve e o cavalo de fogo

www.youtube.com/v/-4TsNYYrGRQ


CAVALO DE FOGO


Soberano poder rege a existência,

Fugas e vã dos corpos e das formas;

A arte, a natureza e a própria ciência,

Pairam além.

Das leis não conhecem normas...

.

A tudo empresta tão sutil magia...

A superfície verde estende-se tranqüila,

Em tristeza transmuta minha alegria.

No céu de porcelana, um sol de ouro cintila...

.

O sol se estilhaçando em fulgores se apaga,

E no céu preto, sombras e sobras de tudo que passou.

Duma saudade quase extinta de tão vaga...

Sinto que a mim, também, o sol deixou.

.

A nostalgia e a mágoa envolvem a paisagem,

Gente que vai e vem sem cessar

Na tristeza a lembrança de uma imagem...

Lugubremente o cortejo a passar.

.

Cavalo de fogo tentando agarrar a própria sorte

Em cima de pastagens e campos...

Onde, hoje, planta-se o asfalto, a própria morte,

Vias expressas e aeroportos, tantos...

.

A sinuosa praia ao sol luzindo

Oscilam pelo mar errantes velas...

Saudade, verde, estranha nostalgia partindo...

Brilhando no silêncio almo das tardes belas...

.

Nos animais o momento de morrer...

Morrem nos lagos e rios, do ar e da terra sumidos...

E os próprios rio; riacho; lago; oceano; queria rever...

Até a Terra inteira, já foram arrasados...

.

Dos sinos surdamente ouço os funéreos brados...

Confundem-se os perfis, imprecisos, tristonhos,

Sonoros e subtis, gementes e angustiados.

Contempla o funeral dos derradeiros sonhos...

.

Sobre a Terra se estende a ampla asa da tristeza

Carpindo sua magia enlutada...

E compungida, sinto-me presa!

Em treva amortalhada.

.

Talvez amanhã, radioso, surja o sol.

Assim alucinada eu vou pelo mundo afora

No festivo esplendor de um fulgente arrebol...

Sentindo a luz, eterna aurora...

.

Eis nosso "Modus Vivendi", onde lágrimas fatal cintilação ateiam...

Lembrem-se, Homens, de que são pó e ao pó voltarão.

Que os brilhos do ideal na vil lama incendeiam.

Vou é pedir asilo na embaixada de Plutão!!!

.

(Enviado pelo HCL. Obrigada)

4 comentários:

Ácido Cloridrix HCL disse...

CAVALO DE FOGO
Soberano poder rege a existência,
Fugas e vã dos corpos e das formas;
A arte, a natureza e a própria ciência,
Pairam além. Das leis não conhecem normas...

A tudo empresta tão sutil magia...
A superfície verde estende-se tranqüila,
Em tristeza transmuta minha alegria.
No céu de porcelana, um sol de ouro cintila...

O sol se estilhaçando em fulgores se apaga,
E no céu preto, sombras e sobras de tudo que passou.
Duma saudade quase extinta de tão vaga...
Sinto que a mim, também, o sol deixou.

A nostalgia e a mágoa envolvem a paisagem,
Gente que vai e vem sem cessar
Na tristeza a lembrança de uma imagem...
Lugubremente o cortejo a passar.

Cavalo de fogo tentando agarrar a própria sorte
Em cima de pastagens e campos...
Onde, hoje, planta-se o asfalto, a própria morte,
Vias expressas e aeroportos, tantos...

A sinuosa praia ao sol luzindo
Oscilam pelo mar errantes velas...
Saudade, verde, estranha nostalgia partindo...
Brilhando no silêncio almo das tardes belas...

Nos animais o momento de morrer...
Morrem nos lagos e rios, do ar e da terra sumidos...
E os próprios rio; riacho; lago; oceano; queria rever...
Até a Terra inteira, já foram arrasados...

Dos sinos surdamente ouço os funéreos brados...
Confundem-se os perfis, imprecisos, tristonhos,
Sonoros e subtis, gementes e angustiados.
Contempla o funeral dos derradeiros sonhos...

Sobre a Terra se estende a ampla asa da tristeza
Carpindo sua magia enlutada...
E compungida, sinto-me presa!
Em treva amortalhada.

Talvez amanhã, radioso, surja o sol.
Assim alucinada eu vou pelo mundo afora
No festivo esplendor de um fulgente arrebol...
Sentindo a luz, eterna aurora...

Eis nosso "Modus Vivendi", onde lágrimas fatal cintilação ateiam...
Lembrem-se, Homens, de que são pó e ao pó voltarão.
Que os brilhos do ideal na vil lama incendeiam.
Vou é pedir asilo na embaixada de Plutão!!!

Fresquinha disse...

Lindo ! Publicado ! Obrigada !

Anónimo disse...

O Poema já comentaste com a palavra adequada apropriada.
As esculturas das cabeças de cavalos já vi não recordo onde nem de quem mas creio fazerem parte de um conjunto do mesmo autor/escultor.
En passant ...

Fresquinha disse...

Não percebi ...não tenho o autor do poema (como não foi dito) nem do escultor. Às tantas são o mesmo !