terça-feira, julho 17, 2007

era a noite


Era a noite que calava segredos
Colava umbigos aos nossos gemidos
Deitava as cores nos teus sabores
Comungava o mesmo abrigo,
Domingo e paixão,
e o calor numa mão,
cruzavam o acto no facto.
.
Era a noite que falava segredos.
Amor sem razão.
Afectos no recto.
Umbigos, momento.
Factos no acto.
Abrigos gemidos.
Vivia paixão.
E morria no beijo,
no calor de uma mão.
.
Era a noite.
.
Leonor de Saint Maurice
12.06.07