terça-feira, julho 15, 2008

a magia das orquídeas



Trezentos anos antes de Cristo, o filósofo grego Theophastus, que alguns consideram o primeiro botânico, descrevia num manuscrito algumas espécies do Mediterrâneo, tendo-as nomeado de forma genérica Orchis, cujo significado é, em grego: testículo.
O cirurgião Nero considerava que as orquídeas eram um afrodisíaco potente, e que tinham influência sobre as mulheres que davam à luz as crianças. Estas teorias estiveram em vigor por mais de 16 séculos. A Igreja Católica dizia que a orquídea era o alimento do diabo e que induzia o homem a cometer excessos. Ao não terem sementes e aparecerem espontâneamente, aparentemente, um tratado jesuíta dizia, em 1665, que brotavam do sémen perdido no acasalamento dos mamíferos. Já em 1552, um livro sobre plantas medicinais menciona a baunilha dos Aztecas como fruto de uma orquídea.
Quando se conhecem as orquídeas do Novo Mundo desperta na Europa uma espécie de "orquideomanía" e o nascimento da exploração comercial. Com um grande número de espécies, existem mais de 120.000 híbridos e há pouco interesse comercial por plantas no estado selvagem, e a recolha é proíbida em alguns países. Só mesmo os centros botânicos de pesquisa e alguns orquideólogos interessam-se pelo cultivo de espécies selvagens. Que sejam feitos esforços para a sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção.
Entendemos que um colecionador ponha extrema paixão nos seus "tesouros", uma vez que procura obter o que não lhe assiste, de forma obsessiva aprende continuamente, sobre o que guarda é "zeloso", e até mesmo um pouco "egoísta".
Mas o colecionador de orquídeas é, acima de tudo, extremamente sensível.
Nicolas Penson Paulus http://www.elcaribecdn.com/

Sem comentários: