terça-feira, agosto 26, 2008

a erva


As ervas são partes de plantas valorizadas há muito tempo por causa do seu papel medicinal ou terapêutico, principalmente na China. Na verdade, muitos medicamentos comuns, tais como a aspirina, a digoxina e o quinino, foram inicialmente desenvolvidos a partir de ervas. Dessa maneira, elas podem atuar como medicamentos e como drogas, mas também apresentam potenciais riscos colaterais ou interações com alimentos, outras ervas ou medicamentos. Estima-se que, nos Estados Unidos, aproximadamente cinco bilhões de dólares sejam gastos anualmente com produtos à base de ervas (National Center for Complementary and Alternative Medicine, 2005).
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As ervas contêm químicos denominados fitoquímicos que provavelmente são responsáveis por quaisquer efeitos que elas possam ter. Entre os fitoquímicos, acredita-se que os ingredientes activos nas ervas sejam os flavonóides, os fenóis, as saponinas e os terpenos. Muitos especialistas em ervas argumentam que uma mistura de fitoquímicos, conhecidos e desconhecidos, presentes em ervas inteiras é responsável por essas funções e que o uso de extractos de apenas um ou mais desses químicos da erva não deve ser tão eficaz quanto o uso da erva inteira.
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Uma pesquisa recente com mais de 31.000 adultos nos Estados Unidos revelou que aproximadamente 1/5 dos indivíduos pesquisados (19%) usavam produtos naturais. De acordo com a pesquisa, os dez principais produtos naturais mais populares eram: equinácea, ginseng, ginkgo biloba, alho, glucosamina, erva de São João, hortelã, óleos de peixe/ácidos graxos ômega, gengibre e suplementos à base de soja (Barnes e col. 2004). Os resultados de outras pesquisas apontaram números ainda maiores.
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Nos Estados Unidos, as ervas e outros suplementos nutricionais são regulamentados como suplementos dietéticos pelo USDA na lei aprovada em 1994, o Dietary Supplement Health and Education Act . Não se exige que as ervas e outros suplementos nutricionais atendam os mesmos padrões seguidos por alimentos e bebidas. Medicamentos vendidos com ou sem prescrição devem apresentar padrões mais elevados de evidência de segurança e eficácia.

Esta é uma preocupação importante para atletas porque é importante pesar o potencial benefício e os riscos de segurança ao se acrescentar ervas ou suplementos específicos à qualquer planejamento nutricional.
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Este artigo faz uma revisão dos poucos estudos publicados e disponíveis em inglês sobre algumas ervas que as pessoas podem usar na esperança de melhorar a saúde e/ou desempenho. As ervas usadas por desportistas incluem aquelas para melhorar o desempenho em eventos de endurance de longa duração, induzindo a hipertrofia muscular e aumento de força, redução da gordura corporal, acelerando a recuperação e melhorando o desempenho nos desportos colectivos (Bucci, 2000).
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Muitos atletas podem usar produtos à base de ervas como coadjuvante no tratamento após uma lesão, para diminuir a inflamação, controlar a dor, permanecer mais alerta e para aumentar a imunidade e otimizar a manutenção da saúde fora e durante a temporada, permitindo que participem das competições nas melhores condições possíveis.
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Para resumir, as pessoas devem ser extremamente cautelosas sobre a ingestão de ervas que contenham quantias desconhecidas de químicos para promover benefícios obscuros e que podem causar efeitos colaterais prejudiciais.
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Adaptado daqui

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