terça-feira, setembro 26, 2006

quando as palavras não chegam ...

7 comentários:

Anónimo disse...

Quando as palavras e as imagens são insuficientes, ou ineficientes, quando os povos se alheiam das desgraças que arrasam outros povos, encerrando-se na infalibilidade da segurança dos seus sistemas políticos e geográficos. Quando a insatez de quem elevadamente representando nações, hipocritamente dizima recursos e espaços essenciais á subsistência daqueles de quem, de novo hipocritamente, reclamam a salvação. Desmoronam-se as grandezas da humnidade, no apodrecimento dos cadáveres de quantos alimentaram á força do definhar e do extinguir a sede dos que fingiram estender-lhe a mão.

Fresquinha disse...

Mea culpa.

Anónimo disse...

Não tenho a certeza de que esta evidência careça do nosso assumir de culpas morais. Afinal, este mundo ainda não é a aldeia tão global que imaginamos ser quando sentados no conforto do sofá, assistimos aos noticiários.

Fresquinha disse...

Bartolomeu,

É uma aldeia global onde estamos quase todos sentados em sofás. E permite-me discordar por pensar que essa evidência carece do nosso assumir de culpas morais. Temos que repensar o mundo. Se chegámos aqui, e o resultado é o que se vê, alguma coisa falhou. E eu acho que falharam muitas coisas. Há que criar novas formas de ser e de estar. Como sou uma eterna optimista, acredito que isso já está a acontecer. De uma forma indelével.
Acredito que as novas gerações faráo um mundo mais justo, nem que seja sob pena de destruir o que temos vindo a construir, para algo de novo e inovador. Onde não hajam tantos desiquilíbrios. Onde haja tolerância para que possamos coexistir em mais justiça e maior fraternidade.
E se há processo lento é mesmo o da mudança de uma cultura. Global ou não. Gostava que comentasses.

Anónimo disse...

Querida d'Honor
Uma vez que manifestas o desejo de conhecer a minha opinião acerca do teu comentário, ela aqui vai.
Sem pretender medir a dimensão do nosso optimismo, asseguro-te que o meu também é considerával, apesar de, ligeiramente desviado do teu na essência. Explicarei.
Se reflectirmos um pouko sobre os acontecimentos históricos conhecidos desde a antiguidade, percebemos com facilidade que o homem evoluiu mais individualmente que em sociedade. Tu constatatas que algo falhou até a ao actual estágio da humanidade, eu concordo, acrescento ainda que tudo falhou, para que tudo tivesse sucesso, ou seja, para que tudo o que chegou aos nossos dias pudesse ter chegado. Estou convencido que é imprescindível que tudo continue a falhar, para que se mantenha a busca pela perfeição e que a possível, será o resultado do permanente desafiar entre ambas.Obviamente, mas num registo semi-utópico, tambem acredito na capacidade dos povos para se socializarem globalmente e para derrubar as barreiras religiosas, raciais, económicas e culturais que os opõem.
No entanto, deixo-te esta reflexão... Será a concretização suprema do sonho da humanidade, a destruição dessas barreiras?

Fresquinha disse...

Na minha opinião, continuamos sistemáticamente sentados em sofás. Não creio que sonhemos com algo mais, para além da nossa vida pequena que queremos que corra da melhor forma. Não possuimos uma visão global consciente. Passamos o tempo e deixamos questões cruciais para o próximo, que apagará a luz, quando sair. Quantas vezes não sentimos um grande alívio por saber que não vai ser no nosso tempo que as questões de que falas entrarão definitivamente em falência ???? Não sei se respondi às questões que me pões. Não tenho soluções, nem para mim. Tenho esperanças. Mas não será a esperança, parte dessa inércia ?

Anónimo disse...

provávelmente será
pagamos com um dia o aparecimento de um novo