sexta-feira, abril 25, 2008

25 de abril


O 25 de Abril de 1974 foi apenas o corolário lógico -e natural - do 27 de Setembro de 1968. Goste-se ou não se goste de quaisquer uns dos protagonistas de qualquer uma das datas. Aliás, o protagonista foi o mesmo; só que em 68 foi-o de uma forma activa e, em 74, foi-o de uma forma passiva. Em 68, tudo fez para conquistar o poder; em 74, nada fez para mantê-lo. A gulodice de seis anos antes transformara-se em enfado seis anos depois. Na realidade, o professor Marcelo Caetano levou seis anos a velar o Salazarismo. Por fim, no dia do enterro, depôs aqueles cravos vermelhos na campa e foi-se embora. Amuado, parece-me. E com uma certa razão.
Até hoje, continuo sem compreender porque é que o regime abrileiro nunca lhe prestou as merecidas e devidas homenagens. Será porque -ao contrário do que diz o povo - cadelas cegas párem filhos apressados... e ingratos?
Não me contaram, nem li. Vi. E vivi. Com estes dois que a terra há-de comer. Daqui.

«Há duas maneiras de enrabar moscas: com ou sem o seu consentimento.»- Boris Vian

3 comentários:

Anónimo disse...

QUE TRISTE. VIVA A LIBERDADE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! GOSTOS E OPINÕES NÃO SE DISCUTE BOM FERIADO EM LIBERDADE
ROGERIO SAMORA EANES

Fresquinha disse...

Sou livre todos os dias. Bom feriado em liberdade. E já agora, desejo que tenha liberdade nos dias que se seguem ....

Seja bem-vindo a um blog livre !

Anónimo disse...

Que grande resposta,Fresquinha!:-))