domingo, setembro 30, 2007

momentos de ternura




maravilhosamente kitsch




yoko

com uma lágrima ao canto do olho, apresento-vos a Connie



Roubei isto à descarada de um novo blog que me visita: De caminho rebolo !

amigo(a) procura-se !


Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive. (Vinícius De Moraes)
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Publicado por heresias consentidas

as imagens falam




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full screen
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(Obrigada, Xico)

chico buarque




«Tendo a Cidade Maravilhosa ao fundo, Chico devaneia e ilumina seus admiradores com a história de como surgiu a inspiração para a letra de música:
"Eu tava mexendo no violão, começando a fazer a melodia, e a primeira imagem que apareceu foi exatamente esta: uma cidade submersa, isolada de tudo. Porque, cantarolando, parecia que a música queria dizer isso. Eu tinha que ir atrás da explicação dessa cidade submersa. Aí eu coloquei os escafandristas, e surgiu a história de um amor adiado, um amor que fica para sempre. Essa idéia do amor como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não se desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios, e aquele amor ficará até debaixo d'água. Um amor que vai ser usado por outras pessoas, um amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, e então ele fica ímpar, pairando... Esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor".
Uma bela explicação para uma música que dá o consolo definitivo a todos aqueles que um dia sofreram com sentimentos não-correspondidos: "futuros amantes quiçá se amarão, sem saber, com o amor que eu um dia deixei pra você". Devo confessar que já houve dias em que ouvi esta canção com os olhos tremeluzentes de lágrimas... »
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Daqui

sábado, setembro 29, 2007

o leão empata-os, jogando mal


aprendendo a comer

ouvir as luzes do norte




Aurora on Alaska cam.

The Aurora Live

gente miúda

the Darjeeling Limited e os The Kinks





MP3

The Kinks - “Strangers”

The Kinks - “This Time Tomorrow”


viver mundo: turquia

No tempo da perseguição aos cristãos, em Roma, a Turquia acolhia-os em mais de 200 cidades subterrâneas, 40 das quais com 3 pisos ou mais. A maior que até hoje foi encontrada, em Derynkuyu, com 8 pisos e com a profundidade de 7,000 metros (alguns dos pisos ainda nem foram escavados). A vida não era má: os complexos maiores tinham armazenamento de géneros alimentícios, cozinhas, igrejas, estábulos, destilarias de vinho e óleo, e ventilação adequada. No pico da sua existência, a cidade de Derinkuyu podia acomodar 50,000 pessoas.

bom fim de semana


qualidades de uma mulher atraente


Perguntei-lhe, um dia, o que para ele era uma mulher atraente.
Respondeu:

- É uma mulher com as seguintes qualidades :

Inteligência – A própria noção de inteligência será variável de pessoa a pessoa, mas de modo geral meu conceito dela é uma capacidade de discernimento intuitivo das informações e das situações que o acaso colocam à disposição. Sem isso, não há rabo glorioso que se sustente sozinho.

Salto alto – Talvez o som mais associado à feminilidade na minha cabeça seja o ritmado e melódico toque-toque de um par de saltos altos sobre piso ou calçada. São todos tão absolutamente banais, simples tiras que cingem o peito do pé ou uma armação de feltro ou couro a circundar a borda, quem viu um já viu todos. No entanto, é sempre comovente, em um sentido vagamente cômico, observar como elas conseguem enxergar beleza e transcendência a cada novo par adquirido, um par que, tirando a cor, parece muito com qualquer outro que ela tem no armário. Mas esse par terá o som. Aquele som. O som que é uma sirene de alerta para uma mulher a caminho.

Cabelos – Elas sorriem e o cabelo cai no rosto, tapando parcialmente um olho e obrigando-as a fazer um gesto elegante para levá-lo ao lugar novamente. Elas caminham ao vento e o cabelo é um véu natural a esconder suas faces da curiosidade da rua. Elas se inclinam e o cabelo é uma cortina elizabetana fechando-se para o espetáculo dos olhos lânguidos que se escondem sob eles. Cabelos. O mundo deveria ser um lugar sem tesouras...

Umbigos – Com o verão, elas armam mil e uma sutilezas para que ao mesmo tempo os vejamos mas nos comportemos como se não os tivéssemos visto. Camisetas que são curtas demais para tapá-los o tempo todo e compridas demais para deixá-los à mostra. E ainda há aquele momento em que elas estiram o corpo para trás na cadeira e se espreguiçam alongando os braços, e aquela camisa ou blusa que é exígua demais para permanecer no lugar sobe, desvelando o umbigo, "como uma taça redonda, a que não falta bebida", posicionado no centro do elegante ventre, "como um monte de trigo, cercado de lírios". E quando o gesto chega ao fim, a camisa volta com crueldade ao ponto inicial, exilando-nos da paisagem. Pior ainda quando há piercings, pequenos sóis orbitando o centro daquela promissora galáxia.

Detalhes inúteis – Elas usam acessórios. Acessórios, o próprio nome já diz, não são o principal. Mas elas se esmeram neles. Mais de um brinco em cada orelha, em tamanho decrescente. Uma argola pequena no arco ogival da orelha, lá em cima, só perceptível quando os cabelos estão para o lado ou presos. Tatuagens minúsculas em lugares estratégicos: fragmentos de desenhos estranhos que sobem do cós da calça ou descem da barra da calça no tornozelo. Tribais ou detalhes como flores e borboletas e pássaros a se insinuar no papiro da pele. Tornozelos, omoplatas, a linha fina da cintura, o umbigo, os pulsos, tudo parece válido, nada parece interdito para a decoração que transforma a pele, papel branco, em esboço artístico, em tela valiosa em exposição cotidiana. Correntinhas sutis formando pulseiras luminosas a cintilar à medida que a luz passeia pelo braço. Tornozeleiras.

Elas são detalhes, milhares de pequenos detalhes, nas quais investem tanto que por vezes a parte se sobrepõe ao todo, como um fantasmagórico zahir (pelamordedeus, isto é uma referência a um conto do Jorge Luís Borges incluído no Aleph, e NÃO, de modo algum, nem por decreto, uma menção ao romance do Paulo Coelho).Tem mais, sempre tem. O problema é esse. A cada detalhe fixado, temos um detalhe perdido, porque são coisas que só tem sentido em movimento, pulsantes na vida. Não fixados em palavras.

*Cântico dos Cânticos de Salomão, provavelmente um dos mais belos poemas eróticos já escritos em qualquer idioma, tempo e lugar.
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(Desconheço o autor)

o pão nosso de cada dia


Pesquisas sobre o pão indicam que:
1. 100% dos consumidores de pão acabam MORTOS.
2. 98,3% dos presidiários que cumprem pena por crimes violentos, são usuários de pão.
3. 85,2% de todos os alunos do ensino médio que obtém resultados insatisfatórios nas provas, consomem pão diariamente.
4. No século XVIII, quando todo o pão era preparado nas próprias residências, a expectativa de vida média era de menos de 50 anos. As taxas de mortalidade infantil eram absurdamente elevadas, muitas mulheres morreram no parto e doenças tais como a febres, tifóide, amarela, e surtos de gripe dizimaram cidades inteiras.
5. 92,7% dos crimes violentos são cometidos dentro de 24 horas depois da ingestão de pão.
6. O pão é feito basicamente de farinha de trigo. Está provado que menos de 500 gramas de farinha de trigo são suficientes para sufocar um rato. O indivíduo médio, que consome em média dois pães de cinqüenta gramas por dia, terá ingerido no final do mês farinha suficiente para ter matado seis ratos.
7. Sociedades tribais primitivas que não fazem uso do pão, apresentam baixa incidência, de câncer, do Mal de Alzheimer, de Parkinson e da osteoporose.
8. Está provado estatística e cientificamente que o uso do pão, causa dependência física e mental. Pesquisa feita em voluntários, revelou que 99,8% daqueles que foram submetidos a uma dieta forçada somente à base de água, imploraram por pão, em três dias ou menos.
9. O pão é um alimento freqüentemente utilizado em conjunto com outros alimentos pesados e prejudiciais à saúde, tais como a manteiga, queijo, geléia e aos embutidos ricos em gorduras e colesterol.
10. Testes científicos comprovaram que o pão absorve a água. Partindo do princípio que o mais 90 % corpo humano é água, todo aquele que ingere pão, corre o risco de sofrer desidratação grave.
11. O pão é assado em fornos cujas temperaturas são mantidas acima de 200º Celsius. Essa temperatura pode matar um indivíduo adulto em menos de um minuto.
12. 58% dos indivíduos que consomem pão, são totalmente incapazes de distinguir entre fatos científicos comprovadamente significativos.

batidas do tédio


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arte com folhas mortas : kazuo akasaki



a liberdade de Millôr Fernandes

1 – Só existe um modo de ser livre: ser o opressor.

2 – O escravo quase sempre é colaborador de sua escravidão.

3 – A Constituição, que institui que todo homem tem direito à liberdade, não conhece o homem padrão. Ele tem que ser obrigado à liberdade.

4 – A liberdade absoluta só existe em momentos-limite, quando não se tem mais nada a perder [eco da frase famosa que encerra Um Inimigo do Povo, de Ibsen: "o homem mais livre é o que está mais só"]

5 – A satisfação de nosso ego (liberdade) só é alcançada em detrimento de algum outro (ou de muitos outros) egos. Portanto a liberdade – mesmo utópica – só poderá ser a média da satisfação de todos os egos. Uma insatisfação. Uma mediocridade.

6 – Deve-se exigir toda liberdade dos que estão acima. E ser leniente na exigência de contrapartida dos que estão abaixo. Mas o contrário é mais factível.

7 – O carcereiro não pode vigiar o prisioneiro o tempo todo. O encarcerado pode fugir a qualquer descuido. Donde o prisioneiro ser (filosoficamente) mais livre do que o carcereiro

8 – As prisões mais sujas, todos sabem, são as mais livres [o que contraria o entendimento de quem realmente já teve como ver uma prisão. Quando ficam livres da vigilância do Estado repressor, a primeira coisa que os prisioneiros fazem é organizar uma sociedade baseada em autoridade, como a policial]

9 – Ninguém pode nos dar liberdade. Mas qualquer um pode tirar, a começar pelos pais, trazendo-nos ao mundo em condições inadequadas.

10 – Com liberdade total o mais forte domina o mais fraco em nome de sua liberdade, o inteligente espezinha o mais ignorante em nome de sua inteligência, o mais belo seduz mais em detrimento do fisicamente destituído. Franklin, ao fazer o lema da revolução francesa Liberdade, Igualdade e Fraternidade, usou o elemento conciliador e humanístico Fraternidade para sugerir um equilíbrio impossível no paradoxo Liberdade x Igualdade.

sexta-feira, setembro 28, 2007

divirtam-se na estrada































apneia






o teste do idiota

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quinta-feira, setembro 27, 2007

aconselho vivamente




Kevin Costner andou à procura dum papel destes uma boa década. Coadjuvado por um espectral William Hurt, encarna a complexa personagem dum homem que mata por vício. Não por necessidade, prazer, profissão ou ideal: mas pela mesma compulsão que leva incontáveis a puxar do cigarro, ir às slots, beber mais outro. Sempre a invocar Deus, sempre a lutar contra o vício, vai às reuniões de alcoólicos anónimos, com toda a humildade, só não diz a ninguém que vício é. Só a personagem de Hurt, o verdadeiro eu de Kostner, sabe.Que ideia fantástica a deste filme, tão habilmente trabalhada que entre fascínio e surpresa nos mantém subjugados: as subtilezas nas expressões faciais (uma anatomia da mentira), o virtuosismo da iluminação, os constrastes com as outras personagens, nomeadamente a obstinada polícia (Demi Moore) e o voyeur (Dane Cook), é tudo artisticamente perfeito. É claro que há clichés, como o exagero dos efeitos sonoros nalgumas cenas ou o anúncio duma reviravolta pelo abrir dos olhos de Kostner. Mas não deslustram.Magnífico — bastaria citar o arrepio que se sente a ver Kostner e Hurt a gargalharem em uníssono. Brrr...

práticas apreciadas pelas mulheres


Beleza não é fundamental para se tornar o homem dos sonhos das mulheres, segundo uma pesquisa da empresa britânica de etiqueta Debrett´s, que diz que boas maneiras são o que mais importa.

De acordo com o levantamento, realizado com mil homens e mulheres no Reino Unido, 63% das entrevistadas disseram que boas maneiras é a qualidade mais importante do homem ideal, enquanto 29% optaram por inteligência e apenas 2% privilegiaram a aparência.O levantamento também revela que 87% das mulheres rejeitam a idéia de que ter boas maneiras é uma atitude antiquada, mas 80% acreditam que os homens precisam de ajuda para se tornarem mais finos.Na opinião delas, o sexo oposto está perdendo cada vez mais as boas maneiras, com 52% dizendo que a falta de educação ocorria em um ambiente social e quase um quarto (23%) identificando comportamento inadequado no trabalho.Já os homens que participaram da pesquisa disseram ter consciência do gosto feminino pela etiqueta masculina, mas justificaram seus atos com a confusão causada pela cortesania moderna.
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Pagar a conta do jantar
A pesquisa foi divulgada juntamente com o lançamento do mais recente livro da Debrett´s, Manners for Men (Boas-maneiras para Homens, em tradução livre), que dá dicas de como adequar as boas-maneiras ao mundo moderno.O livro fala, por exemplo, qual é a melhor forma de convidar uma mulher para sair, como se comportar na grande noite e como manter o relacionamento.De acordo com o livro, para conhecer uma mulher em um bar, o homem não deve mandar um drinque com um bilhete por meio do garçom e sim ir conversar diretamente com ela.Ao se vestir para o encontro, ele deve privilegiar um visual clean e interessante e evitar estampas de marcas de designers, calça de couro e camisetas com frases engraçadas.O livro também recomenda que o homem chegue cedo ao encontro e, caso o atraso seja inevitável, ligue para avisá-la.Pagar a conta do jantar geralmente também continua sendo a responsabilidade do homem, principalmente se foi ele quem fez o convite.

De acordo com o livro, também é aceitável segurar a porta aberta para uma mulher, mas não se deve fazer um grande estardalhaço, dizendo "primeiro as mulheres".Se o homem quer ver a mulher novamente após o primeiro encontro, ele deve telefonar para ela no dia seguinte, e se estiver mesmo muito interessado, pode ligar assim que chegar em casa para agradecer pela noite agradável que teve com ela. [BBC Brasil]

michel gondry



Michel Gondry

sonetos dos portugueses

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The short stories are compelling and edgy -- written in a magic realist style. Two stories in particular knocked me out: Portuguese author Teolinda Gersão's "The Woman Who Stole the Rain," (in which the narrator overhears an unsettling tale), Brazilian author, Augusta Faro's "The Ants," (a very creepy tale about a woman going mad), and as I have been reading lots of Chandler and Hammett of late, I also enjoyed Rubem Fonseca's Latin noir-ish sendup in Mandrake.
There is also poetry, books reviews, and some wonderful short nonfiction pieces as well. October is packed with events celebrating the Lusophone world and you can find a schedule here.

metal

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Em segunda fila:
ACDC - Back in Black
Iron Maiden - Number of the Beast
Dio - Holy Diver
Ratt - Round and Round
Slayer - Raining Blood
Iron Maiden - Run To The Hills
Motorhead - Ace Of Spades