terça-feira, setembro 11, 2007

11 de setembro


2 comentários:

Anónimo disse...

11 de Setembro de 2001, estava a almoçar quando me disseram.
Passei grande parte da tarde a ver aquelas imagens que passaram vezes sem conta nos vários canais portugueses e estrangeiros - apesar de ainda ser Verão, lembro-me que cheguei ao fim da tarde gelado, com frio em todo o corpo!
INESQUECÍVEL!
O dia e o que fizeram resultar do dia.
Gostava muito, só ouvi falar, de ver a curta-metragem "11'09"01" com que o Sean Penn concorreu em 2002 a um concurso de documentários, também com aquele tempo de duração, na altura do 1º aniversário.
A curta-metragem baseia-se na Ideia de Desaparecimento, o limbo de uma possível vida ou morte, em que um homem que terá perdido a mulher e o filho anda toda a noite pela casa a falar com as fotografias deles, e com as flores que amulher regava, como se tivessem vivos. De manhã, com a entrada do Sol, vem a realidade da morte.
A palavra "Desaparecidos (Missing)" carrega consigo o peso de um limbo, de um não-lugar onde nos recusamos a ver a morte, mas onde por vezes ela surge, súbita, a pôr termo à ansiedade e, às vezes, a impor o certo onde antes havia, ainda, a esperança.
Em 11 de Setembro de 2001 houve muitas centenas de desaparecidos.
xico

Fresquinha disse...

Por todas essas razões, Xico, homenageei todos os desaparecidos do 11 de Setembro. Lembro-me, que estava a tomar um café, e distraídamente olhei para um écran de televisão, com o som desligado, e vi só as imagens. Pensei cá para mim, que era um filme de ficção a preto e branco. Sem mais. Não liguei, até porque não gosto de ficção. Mais tarde, quando realmente soube que aquilo era realidade, fiquei com a sensação que à hora do meu café, eu tinha sido a única que tinha testemunhado, em directo, o que tinha acontecido. Lembro-me que as pessoas ao meu lado estavam apáticas. Provavelmente a pensar o mesmo que eu.
Este video que apresentei, pode demonstrar três coisas: Que o País (na pessoa do George Bush) ficou sem fala, bem como o resto do mundo, e não havia muito mais para dizer.
Pode ser uma paródia (de muito mau gosto) sobre a tragédia que o mundo conheceu. Estavam lá mais de 40 nacionalidades envolvidas.
Pode ser um atestado à ineficiência e ineficácia de um governo e suas instituições, que tendo sido avisado da anormalidade - segundo dizem - ficou indiferente, gago, inerte, incapaz ...
Eu escolhi a primeira.