sábado, março 22, 2008

na rota da seda: Samarcanda, um sonho antigo



«Ficaram para trás as Montanhas de Sal e a região dos Fogos Mágicos e o Vale das Árvores cantantes e o Deserto dos Perigos, onde nenhum rio cantava. E a caverna do Velho da Montanha, que enfeitiçava os jovens cavaleiros e os transformava em assassinos para cumprirem suas ordens. E atravessaram a Cidade das Belas Feiticeiras, onde muitos viajantes se deixavam ficar, até serem despojados de suas ambições e de suas vidas. E deixaram atrás a cidade de Tangut, e depois léguas e léguas de pestilência, desolação e morte. E finalmente chegaram ao Grande Deserto e a uma duna onde se avistava o riso das caveiras - toda uma caravana que sucumbira ao calor do deserto...»
A partir de Dunhuang a Rota da Seda podia ser feita por três caminhos diferentes. O mais antigo, chamado rota norte, começava ao sul de Turpan e atravessava as montanhas de Tian Shan até chegar na planície banhada pelo Rio Tarim, onde as caravanas paravam para descansar num oásis. Depois seguiam pelo planalto de Pamir, cortando Korla, Yanga, Aksu e Kashi. Neste local ficava localizado o principal entreposto comercial da Ásia. O segundo caminho, chamado de rota sul, saia de Dunhuang pelo desfiladeiro de Yanguan, tomando a direção sul, rodeando a montanha de Kunlum e atravessando o deserto de Taklimakan, chegando também a Kashi. A terceira rota e também a última a ser aberta saia de Dunhuang em direção noroeste, passando pela província de Hami, cortando as montanhas Tian Shan e depois seguindo para Oeste, através de Urumqi e Yning, atravessando o Rio Chuhe depois a linha de fronteira para entrar nas terras da extinta União Soviética.
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