sábado, maio 03, 2008

bacalhau que nunca chega


As proporções: o mesmo peso de bacalhau e cebola, e a metade em batatas. E 5 ovos.

Na véspera põe-se o bacalhau de molho, trocando a água pelo menos sete vezes. Depois, dá-se uma fervura rápida e quebra-se o bacalhau em lascas pequenas, mas gorduchas.

Prepara-se a batata palha, descascando e ralando as batatas, secando-as apertadas num pano de prato e depois fritando-as em óleo bem quente. Não se deve usar batata palha industrial comprada em supermercado.

Num pouco de azeite, numa panela de ferro de fundo grosso, frita-se chouriço picadinho. Neste azeite, que fica vermelho por causa do chouriço, com alguns dentes de alho esborrachados, refoga-se a cebola, picada bem miúdinho, até se tornar uma pasta. Mas pode-se parar antes, se preferir-se a cebola mais consistente. Para dar mais cor, pode-se acrescentar colorau.

Acrescenta-se o bacalhau, mexendo bem para incorporar à cebola. Desliga-se o fogo e na panela ainda bem quente rega-se a pasta de cebola e bacalhau com os ovos bem batidos. Recomenda-se bater as claras em neve à parte e depois juntar as gemas. O calor do bacalhau cozinha levemente os ovos. Mistura-se bem e deixa-se descansar. Enfeita-se com pimentões coloridos picados, azeitonas sem caroço cortadas em rodelas, alcaparras e salsa.

Na hora de servir, aquece-se bem a panela e acrescenta-se a batata palha, misturando bem. A batata dá o crocante e ajuda a equilibrar o sal do bacalhau. Corrigir o sal, se for preciso, e temperar com pimenta preta moída fresca a gosto.

É tão bom que as pessoas repetem até acabar, daí o nome: bacalhau que nunca chega. No dia seguinte, se sobrar, acrescenta-se mais batata palha para voltar a ficar crocante.

Esta receita é praticamente idêntica à do tradicional Bacalhau à Brás. Muda só a ordem dos factores, o que muito altera o produto.

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