terça-feira, março 25, 2008

charute-se

O Leitor das Galeras
Na época não existia rádio e nem seria interessante colocar música para distrair a atenção dos trabalhadores.
No iníciom o leitor era pago pelos próprios trabalhadores que se quotizavam e pagavam um centavo diário por seu trabalho.
Com o passar do tempo este custo foi absorvido pelos donos das fábricas que ficaram interessados com o aumento da produção.
Os trabalhadores escutavam desde "Os Miseráveis" de Victor Hugo até "Cecília Valdés" de Cirilo Villaverde.
Geralmente o leitor ficava em uma tribuna ou mesa mais alta. Deveria ter boa dicção, ler pausadamente para que todos pudessem entender, bem como dramatizar os diálogos alternando as vozes de homem, mulher e criança.
Hoje em dia nas fábricas Partagas e H.Upmann os tabaqueros de todos os pisos escutam o leitor pelos altifalantes instalados nos andares, facto conseguido anteriormente somente com o poder da própria voz.
A idéia do leitor de galeras surgiu com Saturnino Martinez que trabalhava no jornal operário "La Aurora".
O primeiro leitor, cujo nome não se tem idéia, subiu em uma espécie de andaime na fábrica "El Fígaro" no dia 21 de Dezembro de 1865.
A idéia foi acolhida com alegria pelos trabalhadores que naquela época chegavam cansados à fábrica, pois tinham que trazer de suas casas as mesas, instrumentos necessários para elaborar um charuto e até mesmo o almoço.
Os jornais concorrentes do "La Aurora" logo começaram a ridicularizar a idéia e a chamar de galeras os locais onde eram elaborados os charutos em referência ao velho costume do presídio de Havana de ler aos reclusos as notícias do dia enquanto estes almoçavam.

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Vender, transportar ou fumar charutos cubanos nos Estados Unidos custa ao infractor uma multa de 20 mil Dólares e pena efectiva de prisão

4 comentários:

shiuuuu disse...

Convido-te a apareceres e participares no desafio do Shiuuuu...

Fresquinha disse...

É p'ra já !

Bem vida(o) ! E obrigada pelo convite.

u João disse...

Também quero um leitor, para o meu local de trabalho, sendo eu a escolher a leitura. Lavagens ao cérebro dispenso.
Um luxo socialista, que se repercute no produto apresentado.
As caixas são lindas.

Fresquinha disse...

Já agora escolhe uma leitora.
O problema são mesmo as lavagens ao cérebro que o regime impunha aos desgraçados que trabalhavam em silêncio para produzirem mais.