O Dicionário Sefaradi relaciona famílias que têm ou podem ter ascendência israelita
Existem tantas lendas quanto equívocos em tomo dos cristãos-novos e seus descendentes brasileiros. O Dicionário Sefaradi de Sobrenomes, que será lançado hoje (15.12) na Livraria Cultura, a partir das 18h30, pode ser visto como um guia para pesquisas destinadas a afastar fantasias e a esclarecer fatos a respeito dos descendentes de judeus da Península Ibérica (Sefarad, em hebraico), que se espalharam pelo mundo, permanecendo como cristãos, retornando ao judaísmo, ou mantendo a religião que lhes custara a expulsão dos países de nascimento. Os autores esclarecem: "É interessante notar que existe um consenso compartilhado por judeus e não judeus de que nomes de árvores e animais denotariam origem judaica ou de cristãos-novos. Porém, as pesquisas empreendidas (...) vieram contrariar essa afirmação. Nomes de animais e árvores podem ter origem judaica, mas não exclusivamente."
O estudo, realizado por Guilherme Faiguenboim, Anna Rosa Campagnano e Paulo Valadares, abrange o período entre os séculos 14 e 20 e tem um alcance praticamente enciclopédico, num volume de 528 páginas, com o mapeamento de 16.914 nomes de família, organizados em 11.831 verbetes. Há nomes, como Abravanel (do apresentador e empresário Sílvio Santos), por exemplo, que atravessaram os séculos, podendo ser encontrados em diversos continentes. Mas, em grande parte das vezes, as coisas não são nem um pouco óbvias. Os autores chamam atenção para nomes como Souza, Miranda, Pinto, Silva, típicos da Espanha e Portugal, que podem servir de pista para a descoberta do passado cristão-novo e judaico. Outros nomes comuns, nessa linha, são Mendes, Cardoso, Pereira, Franco e Peixoto. De qualquer modo, somente uma pesquisa genealógica aprofundada poderá levar a conclusões seguras, como adverte o serviço de divulgação da editora.
Deve-se destacar é o esforço e a abrangência do estudo, que sai em edição bilíngüe (português e inglês). A obra contém introdução histórica, cuja primeira parte começa no ano 700 e vai até a inquisição, sobre os rumos das comunidades judaicas na Diáspora, incluindo o Brasil. Judeus portugueses, fugitivos da Inquisição e radicados na Holanda, viveram no Recife durante o domínio holandês e depois foram para os Estados Unidos, onde seria fundada Nova York, por exemplo. Os judeus sefarditas se espalharam pelas Américas, Europa (além da Holanda, Itália, Grécia, Inglaterra, França, Bulgária, Iugoslávia), Ásia, norte da África, etc., formando comunidades que mantiveram a identidade judaico-sefardita.
Os autores Guilherme Faiguenboim é membro fundador da Sociedade Genelógica Judaica do Brasil, Anna Rosa Campagnano é mestre com a dissertação O Dialetos Judeu-Italianos - Um Estudo sobre o Baggito e Paulo Valadares, historiador, mestrando pela Univesidade de São Paulo, é, entre outras coisas, membro da Associação Portuguesa de Genealogia.
A publicação da Editora Fraiha
Vejam aqui http://www.sephardim.org/
4 comentários:
É publicada no Brasil e não cá e depois quando cá chega o preço é proibitivo.
Quem te manda ter apelido ? É coisa de judeus e querias que fosse barato ?
O conteúdo do livro está todo aqui
http://fets3.freetranslation.com/?Sequence=core&Language=English/Portuguese&Url=http://www.sephardim.com/
de borla ....
Mais
http://www.sephardim.org/
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