quarta-feira, novembro 01, 2006

uma doce ilusão, sem hora, sem hora


sem hora! sem hora!

Meu amor,


Mas se hoje fôr...

queria dizer-te que se fôr o mar que te devolve à vida,
que as praias dos nossos sonhos se espraiem
num futuro que se quer próximo,
que a rebentação dos nossos dias
conheça marés calmas e tranquilas,
que o navegar das emoções seja a força do nosso barco,
que o timoneiro do nosso amor não morra mais.

E deixemos que o desejo nos embriague a cada esquina,
a cada voltar de vida,
a cada explosão de loucura que nos devolva o sentir das coisas,
a cada desmaiar de falsas esperanças,
para cearmos ao pé da felicidade que procuramos,
essa busca incessante mas possível,
sem medos e sem receios de que o frio volte ...
E que adormeçamos
no colo que acalenta o perder do passo e da mão fechada,
juntos,
porque agora é hora exacta,
é vida que renasce,
é oportunidade na frente.
Sem hora, sem hora ...


(Maria Leonor de Saint Maurice)

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