Não existem regras definidas no que respeita a harmonia entre o vinho e a comida. Na maior parte dos casos, seguir uma regra genérica resulta num desastre maior do que infringi-la.
.A indicação do branco para o peixe, e do tinto para a carne, é a mais conhecida das generalizacões, mas a sua veracidade é muito discutível.
Um tinto jovem é demasiado forte para um lombo de vaca grelhado, mas vai bem com sardinha grelhada ou bacalhau, e um branco seco e encorpado não liga com marisco, e harmoniza perfeitamente com uma galinha assada. Por isso, não se pode simplificar quando se fala de peixe ou carne.
.
No caso do peixe, por exemplo, existem diversos tipos: gordos, magros, de sabor forte (como atum, salmao ou bacalhau) de gosto delicado (como robalo, sargo, ferreira, solha ou linguado). E se pensarmos nas diversas formas de os cozinhar (grelhados, assados, fritos, cozidos) e de os cozinhar, deparamos com uma enorme multiplicidade de combinações, que influenciam decisivamente a escolha do vinho mais adequado. Também aqui, no capítulo dos vinhos, é bom não generalizar em demasia.
.Numa mesma região, existem vinhos tintos novos para beber cedo (macios e frutados), vinhos novos feitos para envelhecer (potentes, adstringentes), vinhos velhos, ainda cheios de juventude, e vinhos velhos já muito suavizados e ligeiros.
.E todos eles teem amigos e inimigos nas diversas especialidades gastronómicas.
.
António
Sem comentários:
Enviar um comentário