Brancas. Mesmo ao princípio, quando só vemos azul, o azul infinito de todos os começos, ou então aquele amarelo-claro, cor de quarto de menina no princípio do século. Suaves, diáfanas, quase imperceptíveis.
São saudades doces, pacificadas, confortáveis, familiares, quase sempre permanentes e no entanto guardadas na memória...! Gosto de imaginar as saudades às cores, amarelas, azul turquesa, verde como os meus olhos, que felizmente saiem á mãe. De cores muito vivas, mas sempre alegres como os confettis e serpentinas em festas de crianças.
Ter saudades boas é uma das formas de gostar de alguém. Saudades que sabem bem, cheias de memórias doces e frescas, saudades de passeios na praia a conversar, de cartas escritas - e por escrever - saudades de um futuro próximo, ainda incerto, mas cada vez mais perto.
Saudades luminosas como estrelas, abertas dadas, como mãos estendidas, saudades caladas mas jamais esquecidas, à espera do momento certo para morrerem nos braços do nosso amor...
São tantas e essas as saudades boas, as saudades certas, que não doem, não cansam, não cobram e não pesam, que só conhecem o verbo dar, que fazem com que aqueles de quem mais saudades temos, que nem sempre vemos quando queremos, mas que sabem estar SEMPRE próximos e atentos, tenham sempre SAUDADES de nós....!
Sorriso da Mafalda Bettencourt
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